Viajar é um sonho para muitas pessoas, mas pode se tornar um peso no orçamento se não for bem planejado. No Brasil, onde o custo de vida subiu 4,5% em 2024, segundo o IBGE, e os preços de passagens aéreas aumentaram cerca de 12% no mesmo período, organizar as finanças para uma viagem é mais importante do que nunca. Neste guia, vamos compartilhar 5 estratégias eficientes para você aproveitar suas férias sem comprometer sua saúde financeira. Desde planejar com antecedência até usar programas de milhas, você vai aprender a viajar de forma inteligente e ainda manter suas economias intactas. Pronto para planejar sua próxima aventura? Continue lendo!
1. Defina um orçamento realista para a viagem
Antes de escolher o destino, é essencial definir quanto você pode gastar sem prejudicar suas finanças. Comece listando suas despesas fixas mensais, como aluguel, contas e mercado, e veja quanto sobra para a viagem. Use a regra 50-30-20: se sua renda é R$ 5.000, você pode destinar até R$ 1.500 (30% para desejos) para a viagem, desde que isso não afete suas economias ou pagamento de dívidas. Se precisar de mais, ajuste o plano e poupe com antecedência.
Depois, pesquise os custos do destino: passagens, hospedagem, alimentação, transporte local e passeios. Por exemplo, uma viagem de 5 dias para o Nordeste do Brasil pode custar cerca de R$ 3.000 por pessoa, incluindo passagens (R$ 1.200), hospedagem (R$ 800), alimentação (R$ 500) e passeios (R$ 500). Se o valor ultrapassar seu orçamento, escolha um destino mais barato ou reduza os dias. Ferramentas como o Quanto Custa Viajar podem ajudar a estimar os gastos e evitar surpresas no planejamento.
2. Comece a poupar com antecedência
Para evitar dívidas, o ideal é poupar para a viagem com meses de antecedência. Se sua meta é gastar R$ 3.000 e você tem 6 meses até a data da viagem, precisará guardar R$ 500 por mês. Crie uma conta separada ou use um app de finanças, como o GuiaBolso, para reservar esse valor automaticamente todo mês. Trate essa poupança como uma “conta fixa”, assim como você paga o aluguel, para garantir que o dinheiro estará lá quando precisar.
Enquanto poupa, invista o dinheiro em uma aplicação de baixo risco com liquidez, como o Tesouro Selic, que rende cerca de 0,5% ao mês em 2025 (com a Selic a 10,5% ao ano). Se você poupar R$ 500 por mês durante 6 meses, terá R$ 3.000, mais cerca de R$ 45 de rendimentos, totalizando R$ 3.045. Esse pequeno extra pode cobrir um jantar especial ou um passeio adicional, sem que você precise tirar do bolso na hora da viagem.
3. Aproveite programas de milhas e cashback
Programas de milhas e cashback podem reduzir significativamente os custos da viagem. Se você tem um cartão de crédito que acumula pontos, como os da Nubank Ultravioleta ou Itaú Personnalité, use-o para pagar suas despesas do dia a dia e acumule milhas. Por exemplo, a cada R$ 5 gastos, você pode ganhar 1 ponto; com R$ 10.000 gastos em 6 meses, você acumula 2.000 pontos, que podem virar descontos em passagens aéreas ou até voos gratuitos em companhias como Latam ou Gol.
Além disso, use plataformas de cashback, como Mélliuz ou PicPay, ao comprar passagens ou reservar hotéis. Se você gastar R$ 2.000 em passagens e receber 5% de cashback, isso significa R$ 100 de volta, que pode ser usado para alimentação ou passeios. Sempre compare as condições dos programas e prefira usar os pontos em vez de parcelar no cartão, evitando juros altos que podem comprometer seu orçamento pós-viagem.
4. Escolha destinos e datas econômicas
Os destinos e as datas da viagem têm um grande impacto no custo total. Viajar na baixa temporada, como março ou setembro no Brasil, pode reduzir os preços de passagens e hospedagens em até 30%. Por exemplo, uma passagem para Fortaleza que custa R$ 1.500 na alta temporada (janeiro) pode cair para R$ 1.050 em setembro. Use sites como Google Flights ou Skyscanner para comparar preços e configurar alertas de promoções.
Além disso, prefira destinos mais econômicos ou próximos de casa. Se você mora em São Paulo, uma viagem para Campos do Jordão (R$ 500 por pessoa, incluindo transporte e hospedagem) pode ser mais barata que ir para o Nordeste (R$ 3.000). Outra dica é explorar opções de hospedagem alternativas, como Airbnb ou hostels, que custam menos que hotéis. Por exemplo, uma diária em um hostel pode custar R$ 80, enquanto um hotel 3 estrelas sai por R$ 250. Escolhas inteligentes ajudam a manter os custos sob controle.
5. Controle os gastos durante a viagem
Durante a viagem, é fácil se empolgar e gastar mais do que o planejado. Para evitar isso, leve um valor fixo em dinheiro para despesas pequenas, como lanches ou lembrancinhas, e use o cartão só para gastos maiores, como refeições ou passeios. Por exemplo, se você reservou R$ 500 para alimentação em 5 dias, limite-se a R$ 100 por dia. Apps como Mobills podem ajudar a rastrear seus gastos em tempo real e evitar surpresas.
Outra dica é priorizar experiências gratuitas ou baratas. Em vez de pagar R$ 150 por um passeio guiado, pesquise atrações gratuitas, como praias, parques ou feiras locais. Por exemplo, em Recife, você pode visitar a Praia de Boa Viagem e o Mercado de São José sem gastar nada. Também evite compras impulsivas: se quiser levar lembranças, compre itens pequenos, como artesanato local, que custam entre R$ 10 e R$ 30, em vez de souvenirs caros de lojas turísticas. Assim, você aproveita a viagem sem estourar o orçamento.
Viajar sem comprometer suas finanças é totalmente possível com planejamento e disciplina. Use essas 5 estratégias eficientes para transformar suas férias em momentos inesquecíveis sem prejudicar seu bolso. Comece definindo seu orçamento, poupe com antecedência e aproveite as dicas para gastar menos. Quer mais ideias para organizar suas finanças? Confira outros artigos no Dinheiro Fácil, como nosso guia para evitar armadilhas financeiras ou planejar a compra da casa própria, e continue no caminho da independência financeira!